Combinando visão computacional, sensores e algoritmos, essas tecnologias oferecem respostas rápidas e eficazes para a preservação da biodiversidade. Foto: trjiii para Depositphotos

O atropelamento de animais silvestres é um problema crescente que ameaça espécies e coloca em risco a segurança nas rodovias. Para enfrentá-lo, diversos países têm adotado soluções com inteligência artificial, capazes de detectar animais nas rodovias, mapear áreas críticas e alertar motoristas em tempo real. Combinando visão computacional, sensores e algoritmos, essas tecnologias oferecem respostas rápidas e eficazes para a preservação da biodiversidade. Esse será um dos temas do webinário “Fauna nas Estradas: Risco de Vida para Animais e Pessoas”, promovido pelo Instituto Sustentar nos dias 13, 14 e 15 de maio, das 17h às 19h (Horário de Brasília), com participação de pesquisadores, gestores públicos e representantes da sociedade civil.

Destaques do Webinário sobre prevenção de atropelamentos de animais em rodovias

Entre os destaques da programação está Gabriel Souto Ferrante, que ministrará a palestra “Perspectivas e desafios da computação para mitigação de atropelamentos de animais”. Graduado pelo IFSP, mestre pelo ICMC-USP e doutorando na UFSCar, Gabriel integra o Urban Smart Solutions Lab da USP. Ele é um dos autores da pesquisa “Evaluating YOLO architectures for detecting road-killed endangered Brazilian animals”, baseada em 9.600 imagens reais.

Para Gabriel “a aplicação da inteligência artificial na mitigação de atropelamentos de fauna representa um avanço essencial, pois permite transformar dados em decisões rápidas e eficazes, contribuindo tanto para a preservação da biodiversidade quanto para a segurança nas rodovias”.

O evento será organizado em seis eixos temáticos. São eles: Perdas e Danos, Impactos Irreversíveis, Barreiras e Negligências, Experiências que Dão Certo, Rota para o Caminho Certo e Conclusões e Propostas. A iniciativa conta com o apoio de instituições como o ICAS, UNEMAT, REET, Instituto SOS Pantanal, Observatório Rodovias Seguras para Todos, Melhores Rodovias do Brasil (ABCR) e ((O)) Eco. As inscrições são gratuitas e já estão abertas pelo Sympla: clique aqui para se inscrever.

Sobre o Instituto Sustentar

O Instituto Sustentar de Responsabilidade Socioambiental é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), sem fins lucrativos. Ele tem como objetivo a criação, planejamento e execução de projetos de desenvolvimento sustentável e desenvolvimento de comunidades.  Entre outras realizações, o Instituto Sustentar foi responsável pelo Projeto Bichos do Pantanal, patrocinado pela Petrobras com foco nas áreas de Educação Ambiental, pesquisas que ampliam o conhecimento científico visando a preservação de espécies da fauna pantaneira e a promoção da sustentabilidade local por meio do Turismo Sustentável.

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Maio Amarelo: Estado mira redução da velocidade para diminuir acidentes de trânsito. Foto: Igor Jacinto/Vice-Governadoria

Com o tema “No seu caminho, pode ter uma vida”, o Paraná reforça seu compromisso com o Movimento Maio Amarelo 2025, voltado à promoção da segurança no trânsito. A campanha estadual acompanha a mobilização nacional e tem como foco alertar sobre os riscos do excesso de velocidade, um dos principais fatores de sinistros nas vias.

O movimento, que surgiu em 2014, busca sensibilizar a população por meio da união entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil. Assim, promovendo a responsabilidade coletiva na prevenção de mortes e lesões no trânsito. O tema nacional deste ano, definido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), também reforça a ideia da desaceleração como um gesto de preservação da vida: “Desacelere. Seu bem maior é a vida”.

No Paraná

No Paraná, a campanha é conduzida pelo Governo do Estado e pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). Durante o mês de maio, além de vídeos, spots de rádio e materiais digitais voltados à educação e prevenção, diversas ações estão programadas. Entre elas, destaca-se a consulta pública do Plano Estadual de Segurança no Trânsito (Petrans), aberta até 4 de junho, que permitirá a participação direta da população na construção de políticas públicas para o setor.

Segundo o diretor-presidente do Detran-PR, Adriano Furtado, o Maio Amarelo é um chamado à mudança de comportamento.

“É um movimento de sensibilização de toda a sociedade, reunindo o poder público e a iniciativa privada em torno da causa de segurança no trânsito”, afirmou.

Ele destacou que o trânsito envolve ação humana e requer atenção de todos. “Desde o pedestre, ciclista, motociclista até os motoristas, todos devem rever atitudes para evitar acidentes”, disse.

Furtado também explicou que o Petrans reúne 82 ações estratégicas e vai alinhar o planejamento estadual às diretrizes do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), do qual o Paraná é signatário desde 2021. “É um plano amplo, que não depende apenas de investimento público, mas também de organização e da sensibilização da sociedade”, afirmou.

A proposta é que o plano organize iniciativas voltadas à mobilidade urbana, ciclomobilidade, transporte coletivo, uso de aplicativos, e outras questões de segurança no trânsito. “Com a consulta pública, as pessoas poderão opinar sobre as necessidades específicas dos seus municípios”, completou.

O vice-governador Darci Piana também destacou a importância da mobilização. “Estamos ajudando os municípios a fazerem a sua parte. Além disso, convocando a iniciativa privada e as entidades da sociedade civil organizada para nos ajudar e fazer com que essas mortes no trânsito diminuam no nosso Estado”, afirmou.

Sinalização

Ainda como parte do movimento, o Detran-PR autorizou investimentos de R$ 14,7 milhões para projetos de sinalização viária em 55 municípios, organizados em cinco lotes. O objetivo é melhorar a segurança nas vias com a instalação de placas de regulamentação, advertência, indicativas, além da pintura de faixas de pedestres, sinalização de “Pare”, marcações de estacionamento, entre outros itens. O prazo de execução das obras é de 270 dias (nove meses).

O vice-governador reforçou que o esforço conjunto é essencial para reduzir os danos causados pelos acidentes.

“Estamos investindo um recurso alto para evitar os acidentes, que têm causado grandes aborrecimentos nas famílias e trazem um grande problema para o Estado”, afirmou Piana.

Atualmente, 59 municípios paranaenses já integram o Sistema Nacional de Trânsito (SNT). Todos estão engajados, junto ao Detran-PR e outras secretarias de Estado, em ações para reduzir mortes e sequelas nas vias do Paraná. Um dos objetivos do Petrans é justamente ampliar a municipalização da gestão do trânsito, incentivando que se discuta o tema nas agendas políticas locais.

Com uma abordagem educativa, investimentos concretos e abertura ao diálogo com a sociedade, o Paraná se destaca como um dos protagonistas do Maio Amarelo no Brasil. A cor amarela, símbolo do movimento, representa o alerta, a atenção e o cuidado que todos devem adotar ao se deslocar pelas ruas e rodovias.

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A proposta busca combater o alto índice de mortes no trânsito entre jovens adultos, muitas vezes associados à direção imprudente e ao uso de veículos potentes sem a devida experiência. Foto: telas1020@gmail.com para Depositphotos

Está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 1745/2025, de autoria do deputado Fred Linhares (Republicanos/DF), que propõe mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Ele cria regras específicas para a habilitação de condutores de veículos e motocicletas de alta potência. A proposta visa reforçar a segurança viária e reduzir o número de acidentes graves envolvendo esse tipo de automóvel e motocicleta, especialmente entre condutores jovens.

Regras mais rigorosas e mudanças na habilitação de condutores de veículos e motos potentes

O texto define como veículos de alta potência aqueles com motores a partir de 200 cavalos-vapor (cv) e motocicletas com cilindrada igual ou superior a 500 cilindradas (cc). Além, também, de outros modelos que a Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) venha a classificar como de alta performance.

Para conduzir esses veículos, o PL estabelece os seguintes requisitos:

• Idade mínima de 25 anos;
• CNH válida com histórico de, no mínimo, cinco anos sem infrações graves ou gravíssimas — categoria B para automóveis e categoria A para motocicletas.

O descumprimento dessas exigências acarretaria infração gravíssima, multa triplicada e retenção do veículo até apresentação de condutor habilitado.

Justificativa: segurança viária e redução de mortes

De acordo com o autor, a proposta busca combater o alto índice de mortes no trânsito entre jovens adultos, muitas vezes associados à direção imprudente e ao uso de veículos potentes sem a devida experiência.

A justificativa do PL menciona dados de estudos, como o realizado pela Santa Casa de Franca (SP). Ele identificou que 64% dos óbitos em acidentes automobilísticos envolveram motocicletas e que 21% das vítimas fatais estavam entre 18 e 22 anos de idade. Esta faixa etária é muitas vezes associada à condução de veículos de alta performance.

Para Fred Linhares, o acesso gradativo a esse tipo de veículo, com critérios mais rígidos, pode ser uma ferramenta importante de prevenção de acidentes e mortes prematuras no trânsito.

“Estudos mostram que maturidade emocional e experiência são determinantes para a redução de acidentes letais”, destaca o parlamentar.

Proposta ainda em tramitação

O PL 1745/2025 ainda passará pela análise das comissões competentes da Câmara dos Deputados antes de ir à votação.

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